Aline Favoretto e Suely Walton
O REDOME comemorou, no dia 5 de outubro, 20 anos do primeiro transplante realizado com doador não aparentado do Registro Brasileiro. A doadora Suely Walton, depois desta primeira doação em 1995, foi convocada para doar pela segunda vez em 2000, sendo o primeiro, e por muito tempo o único, caso do REDOME de doação para dois pacientes diferentes. Suely já conheceu os dois pacientes que fizeram transplante por conta da sua doação.
Suely Walton conta que não imaginava que a alegria de doar se repetiria anos depois. “Me cadastrei assim que o REDOME foi criado e 3 anos depois fui chamada para confirmar a compatibilidade com um paciente. O transplante – o primeiro com doador do REDOME – foi um sucesso! Em 2000, fui convocada para uma nova doação e este foi o primeiro caso de dupla doação no Brasil”.
O procedimento aconteceu no Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e foi realizado pelo médico Celso Matsumoto. Aline Favoretto era uma criança de 11 anos e precisava de um transplante de medula para sobreviver. “Esta data significa o meu renascimento. A Suely é a minha heroína, a minha segunda mãe. Graças ao seu ato de se inscrever no REDOME, eu estou aqui hoje”, conta Aline.
O Coordenador do REDOME, Luis Fernando Bouzas, diz que a data é um motivo de celebração também pelo crescimento do REDOME. “Nos últimos 10 anos, o REDOME passou de 30 mil para cerca de 3,8 milhões de doadores voluntários cadastrados, tornando-se o terceiro maior do mundo. Do total de pacientes que fazem o transplante não aparentado, 70% da fonte de células (doador ou unidade de sangue de cordão) são do Brasil e 30% do exterior”.